A
Escola Elvira Ferreira Gomes foi fundada em 18 de setembro de 2000, no Governo
de Jorge Viana, tendo como Secretário de Estado de Educação o atual governador
Tião Viana. O nome da escola deu-se em
homenagem a uma antiga moradora do seringal Minas Gerais, hoje município de
Marechal Thaumaturgo. A Senhora Elvira
Ferreira Gomes, conhecida como dona Santa, nasceu no dia 05 de maio de 1906,
filha de Jose Vicente Ferreira e de dona Antonia Deo de Souza. Permaneceu toda sua
vida neste município, dedicando-se exclusivamente como parteira tradicional,
chegando a fazer 523 partos na região. Desses partos, somente uma senhora
chegou a falecer, e por fatalidade sua própria filha. A maioria das crianças
(hoje adultas) assistidas por Dona Santa ainda moram no município. Elvira
Ferreira Gomes faleceu em Cruzeiro do Sul (em uma viagem para tratamento de
saúde) no dia 21 de agosto de 1971.
Elvira Ferreira Gomes é uma escola
de Ensino Médio, atendendo 746 alunos distribuídos nos três turnos, sendo 06
turmas da 1a série, 05 turmas da 2a série, 04 turmas de 3a
série, 04 turmas de EJA I e 04 turma de EJA II, Educação de Jovens e
Adultos. O número de alunos matriculados
no 1o turno é de duzentos e três (203), no 2o turno é
duzentos e vinte (220) e no 3o trezentos e vinte sete (323).
Dessa forma a Escola se configura
como ponto essencial para a conclusão da educação básica, criando um elo com a
sociedade local, no modo de envolver sua própria historiografia. Sendo assim,
uma referencia no ensino em Marechal Thaumaturgo. Melhor dizendo, é a única da
cidade que possui o Ensino Médio e foi construída para atender aos anseios
educacionais dos jovens e adultos que concluíam o Ensino Fundamental e se
deslocavam para o Município de Cruzeiro do Sul para ingressarem no ensino
médio. Portando, a Escola Estadual de Ensino Médio Elvira Ferreira Gomes é
fundamental na vida dos munícipes. A clientela é formada por pessoas de poucos
recursos, agricultores, ribeirinhos, assistido pelo Governo Federal, autônomos
entre outros. Condição essa que torna o cotidiano um desafio constante, tendo
em vista a singularidade do local onde até as cheias e secas do rio
determinando o setor econômico e a vida das famílias. Vale ressaltar ainda, o
difícil acesso aos centros maiores, que vem dificultando o próprio andamento da
organização escolar.
Elvira Ferreira Gomes é uma escola
de Ensino Médio, atendendo 467 alunos distribuídos nos três turnos, sendo 05 turmas de 1a série, 03
turmas de 2a série, 03 turmas de 3a série, 04 turma de
EJA I e 04 turmas da EJA II. Grande parte dos alunos é procedente da zona
rural. Os que moram em comunidades mais longínquas migram para a cidade e moram
em casa de parentes ou conhecidos, fato este que contribui para a evasão dos
alunos, atendendo a essa necessidade foi implementado nas 06 (seis) principais
comunidades rurais a modalidade de ensino médio (Asa da Médio). Os que moram em
comunidades próximas chegam à escola através do Recreio (barco de transporte
escolar).
Além dessas problemáticas a escola
vem enfrentando muitas dificuldades desde sua criação. Mesmo sendo regular há
carência de professores com contratos efetivos e até mesmo provisórios,
tornando a rotatividade de educadores uma constante, dificultando assim, a
continuidade do processo de ensino-aprendizagem, como também não há um corpo
técnico qualificado que atenda às necessidades, portanto, configura-se
desestruturação na própria organização administrativa. Partindo das
necessidades reais de nossa escola, necessitamos de quadro permanente e
qualificado que atenda a demanda, explicitada na Normativa, além da
peculiaridade da localidade que afirma mais uma vez que precisamos de pessoas
capacitadas que possam atender e acompanhar precisamente de forma eficaz nossos
alunos em suas particularidades e distinções.
A instituição vem passando por
grande dificuldade relacionado as questões
burocráticas, pois, não tem coordenador Administrativo atuando na
escola, no entanto ao que se refere como registro do conselho escolar, comitê
executivo, processo licitatório, e outros serviços jurídicos e bancários, pois
todos os procedimentos são realizados no
município de cruzeiro do Sul, sendo assim, temos que nos deslocarmos do município de Marechal
Thaumaturgo até cruzeiro do sul, para
realizarmos esses trabalhos, em
virtude disso, a escola tem dificuldade de realizar tais serviços nas datas prevista, pois o deslocamento até o
Município de Cruzeiro do Sul inclui recursos financeiro, e a escola não dispõe
de recursos para custear despesas de viagem, e isso gera problema para unidade de
Ensino. Outra notável dificuldade diz respeito ao espaço físico da escola, pois
ainda há necessidade de espaços alternativos para o melhor desempenho das
atividades educativas, como: um auditório, Almoxarifado, Biblioteca,
laboratório de química, uma sala de multimeios, e reforma na quadra
poliesportiva, sendo estes espaços fundamentais para desenvolvermos parcerias e
comunicação com a comunidade local, bem como as atividades cotidianas de uma
organização escolar. Outra problemática se refere a segurança do espaço
escolar, aqui incluído a segurança dos alunos e dos bens materiais, pois não
temos um muro construído, e sim uma cerca com parte de arame e o restante de
madeira, facilitando o acesso nas dependências da escola que é utilizada como
caminho pela comunidade, atrapalhando por vezes o andamento das aulas.
É pensando em uma organização
escolar que atenda as necessidades primárias da comunidade a que se propõe
educar, que colocamos em destaque as
principais problemáticas para que se perceba que o suporte estrutural é
essencial para que possamos traçar ações mais concretas e efetivas no
desenvolvimento do cidadão crítico e participativo, transformador e articulador
dos meios de sobrevivência e convivência em sociedade.
A distribuição das turmas se dá
pelas condições peculiares da região, no turno da manhã prioritariamente são
matriculados os alunos que utilizam o “recreio” (barco). No turno da tarde são
os demais alunos, no turno da noite os alunos matriculados na EJA, não forma
assim turma do regular motivo o alto índice de desistência.
Levando em consideração a sociedade
em que vivemos é urgente e primordial que nos posicionemos no campo da batalha
pelas mudanças qualitativas e eficazes dentro da organização educacional.
Enfocando nosso trabalho com bases éticas e morais de respeito e igualdade no
atendimento que nos propormos realizar nessa comunidade. Buscando acima de
tudo, valorizar as experiências e vivências locais, onde possamos articular a
cultura local com o conhecimento, como também, interagindo-os as tecnologias e
políticas de convívio sociais. Assim sendo, estaremos superando as
problemáticas existentes e ultrapassando as expectativas dantes tão distantes.
O grande desafio encontra-se em ser
reconhecida como uma escola que prima pela democracia e transparência em suas
atividades, bem como o respeito e igualdade no atendimento aos pais ou
responsáveis, alunos, professores, funcionários e comunidade. Possibilitando
dessa forma, o elo contínuo entre a equipe escolar a sua clientela. Para tanto,
mais uma vez reafirmado que todo o esforço será realizado em prol de cidadãos
capazes de agir, transformar, criar, contrapor, articular e inovar no seu
cotidiano pensando criticamente não como membro mais como corpo importante e
transformador de realidades.
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